A Fundação de Saúde de Angra dos Reis (Fusar) iniciou nessa quinta-feira, dia 5, mais uma frente de trabalho no combate aos caramujos africanos. Desta vez, em vez de molusticida, a arma utilizada é a educação ambiental. Agentes da Fusar se reuniram com moradores da Monsuaba e alunos da Escola Municipal Raul Pompéia para fazer um trabalho de conscientização e explicar métodos de combate ao molusco.
– Nosso objetivo é combater e controlar o caramujo, tanto com o uso de molusticida quanto com este trabalho de educação ambiental, além de identificar os locais mais infestados no município – explica Tiago Teixeira, coordenador de Fatores não Biológicos, que disse que o veneno continuará sendo usado, mas somente pelos agentes da Fusar, cabendo aos moradores os cuidados com a coleta manual.
Os caramujos e seus ovos devem ser coletados com luvas e colocados em um saco plástico. Dentro do saco plástico, deve-se jogar cal virgem. Em seguida, o ideal é quebrar a casca do molusco e enterrá-lo a cerca de 50 a 80cm, já sem o saco plástico. A cal evita que o lençol freático seja contaminado e quebrar a casca evita que ela sirva como foco de mosquito. Outros métodos, como queimar e em seguida enterrar o animal, também foram explicados.
Vale lembrar que o sal, que serve para desidratar e secar a gosma do animal, quando utilizado, deve ser jogado no caramujo dentro do saco plástico, e não diretamente no solo, para evitar a salinização do solo. Além disso, o sal não é eficaz contra os ovos do caramujo e a fêmea, em contato com o sal, libera mais ovos, o que pode até contribuir para a proliferação do animal.
O caramujo africano é uma ameaça à saúde pública, pois pode ser hospedeiro de um verme microscópico que pode causar meningite. O trabalho de controle do molusco por meio da coleta manual feita pela população será realizado em todo o município. A atividade está sendo comandada pela Coordenação de Fatores não Biológicos da Fusar.