A Gerência de Operações da Defesa Civil, entre outras atribuições, atende também a solicitação de moradores para a remoção de colmeias de suas comunidades. Os agentes auxiliam oferecendo desde suporte logístico como rapel, por exemplo, até um apicultor contratado especialmente pela Defesa Civil para atuar nessa situação. Ao contrário do que se imagina, a maioria das abelhas não constrói suas colmeias em galhos de árvores, mas em locais como telhados de casas, carros abandonados, postes, entre outros. A Defesa Civil recebeu no ano passado 45 solicitações para retirada de colmeias em diversos bairros do município; em 37 dessas, usou os serviços de um apicultor. O bairro com maior número de solicitações foi Jacuecanga.
“As pessoas não devem tentar remover colmeias sem uma ajuda profissional”, dizem os agentes. As abelhas utilizadas na apicultura brasileira são denominadas africanizadas, um híbrido de várias raças européias e de africanas criadas no Brasil. A agressividade desse híbrido criou a necessidade do desenvolvimento de um conjunto de recomendações para garantir a segurança das pessoas que vivem nas proximidades. Para a remoção, é recomendável acionar o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, um apicultor ou uma firma especializada.
As abelhas devem ser respeitadas como qualquer outro animal venenoso, como cobra ou escorpião. Enquanto numa pessoa a picada da abelha provoca apenas dor e inchaço, em outras pode desencadear o choque anafilático, com parada cardíaca e morte (pessoas alérgicas). A abelha-africana (ou africanizada) é muito parecida com a abelha européia, usada como polinizadora na agricultura e para produção de mel. Os dois tipos têm a mesma aparência e seu comportamento é similar em muitos aspectos. Nenhuma das duas tende a picar quando retiram néctar e pólen das flores, mas ambas o farão para defender-se, se forem provocadas.
Cuidados gerais para evitar picadas de abelhas
Usar roupas claras, pois as escuras atraem as abelhas; não use perfume, sabonete, loção pós-barba e spray fixador para cabelo; evite movimentos bruscos e excessivos quando próximo à colméia; não grite, não use máquinas barulhentas: as abelhas são atraídas por ruídos, principalmente os agudos; tenha cuidado ao entrar em local que possa abrigar colmeia; examine a área de trabalho antes de usar equipamentos motorizados; ensine as crianças a se precaver e não molestar as abelhas.
Os especialistas concordam que o melhor método para escapar de um ataque de abelhas é cobrir a cabeça e correr para um abrigo: ao correr, trate de proteger o rosto e os olhos, tanto quanto possível. As picadas nas costas e no peito, ataques mais prováveis, serão menos graves do que as que ocorreriam no rosto.
Os efeitos das picadas das abelhas variam de intensidade, na dependência do número de ferroadas e da sensibilidade do indivíduo ao veneno, que causa três efeitos no organismo: neurotóxico - atua sobre o sistema nervoso; hemorrágico - aumenta a permeabilidade dos capilares sanguíneos; hemolítico - destrói os glóbulos vermelhos do sangue.
Como o veneno se manifesta
- forte dor, de 2 a 3 minutos, proporcional ao número de picadas e conforme o local do corpo;
- inchação mais ou menos acentuada, de acordo com o local do corpo atingido;
- vermelhidão no local da ferroada;
- coceira local ou generalizada (nas pessoas alérgicas);
- aumento da temperatura corporal, principalmente no local da picada;
- falta de ar (dificuldade de respirar);
- os lábios adquirem cor azulada (em casos de alergia).
Primeiros socorros
Retire o ferrão do inseto raspando o local com a borda de um cartão de crédito ou com a unha. Não puxe o ferrão com o dedo ou com pinças. Este deverá ser retirado raspando suavemente a superfície cutânea até o fazer sair, mas nunca puxando por ele, nem o torcendo, visto que se poderá introduzir ainda mais veneno no corpo. Não aperte o ferrão, pois ele contém veneno. Você poderá estar se picando novamente. Lave a região da picada com água e sabão. Coloque sobre o local da picada uma compressa fria (coloque o gelo em um pedaço de pano ou saco plástico, e não diretamente sobre a pele). Mantenha a compressa por 15 a 20 minutos. Mantenha a região da picada abaixo do nível do coração. Tome um analgésico comum para fazer cessar a dor e um anti-histamínico para a coceira e o inchaço. Leia as instruções na bula sobre como tomar a medicação corretamente.
Já uma pessoa alérgica vai apresentar os primeiros sintomas de 3 a 4 minutos após receber a(s) picada(s): dificuldade de respirar, pele avermelhada e até desmaio. Nesses casos, o melhor é não tentar atender em casa, mas levá-la ao hospital para os primeiros socorros, o quanto antes.
Informações técnicas: Site Noradar
Defesa Civil ajuda moradores na remoção de abelhas
No ano passado foram 45 solicitações para retirada de colmeias em diversos bairros do município