Fórum Imaginários Urbanos movimentou Angra

Cultura, cidadania e inclusão social foram discutidos, nos dia 15 e 16, no convento São Bernardino de Sena

Quarta-Feira, 19/05/2010 | .

A riqueza cultural encontrada nos bairros , a religião afro-brasileira, os problemas de moradias advindos do crescimento desordenado de Angra , e a necessidade de implantação de políticas públicas e de um olhar mais respeitoso, carinhoso e comprometido com as necessidades da população, principalmente a que reside nas periferias das cidades, como os morros e bairros mais afastados de Angra, foram os principais assuntos discutidos no Fórum Imaginários Urbanos , no último fim de semana em Angra, nos dias 15 e 16, no convento São Bernardino de Sena. O fórum contou com apoio da prefeitura, através da Fundação Cultural de Angra dos Reis.

O evento foi organizado pela ONG Integração, Valorização e Ajuda , do bairro Belém(Cultuar) e mobilizou um público interessado em promover mudanças e fortalecer os movimentos que vêm acontecendo nos bairros de Angra: professores, moradores do Belém, Japuíba, morros, Bracuí e diversos outras comunidades periféricas , artistas e representantes do movimento cultural .

Os palestrantes , professores -doutores, Elena Andrei e Sergio Adolfo, da Universidade Estadual de Londrina (PR) ; o secretário de Educação de Nova Iguaçu (RJ) e professor Jailson de Sousa, representantdo o Observatório de Favelas (RJ); e a professora Maria Silvia Rúbia, de Angra, falaram sobre diversos assuntos como “Inclusão Social, Cultural e Cidadania na Periferia”, “Diagnóstico da Pobreza e Precariedade do habitat da periferia e morros de Angra”, “Os três Mitos da Periferia –Medo, Miséria e Marginalização “ e “O Negro no Brasil: Religiosidade, Discursos e Realidades “.

Além de palestras, o Fórum Imaginários Urbanos apresentou atividades culturais desenvolvidas na periferia de Angra, como a Escola Experimental de Frevo, com as crianças da Sapinhatuba 3 e da Monsuaba encantando a platéia e convidando-a a dançar; o show musical da dupla Brenno e Kilker, do Belém fazendo uma bonita apresentação; o Grupo de Dança de Rua da Japuíba, com os jovens da Japuíba dando um show de bola de hip-hop, sob o comando do professor Jhonny; os jovens da Quadrilha Buscapé (Bracuí) e o Grupo Teatral Atordoados fazendo com sabedoria o teatro invisível mostrando o trabalho de uma menino de rua engraxate e o de um político corrupto; e o Grupo de Quadrilha Junina do Bracuí mostrando nos passos da dança, as raízes negras guardadas pela população da região.

A realizadora, a ONG Iva, foi representada pela presidente Neusa Ribeiro e pelo professor Arundo Terceiro, coordenador do fórum. Da Cultuar esteve presente o presidente da fundação Roberto Peixoto, que agradeceu em nome do prefeito Tuca Jordão, pela importância do evento para a cidade.

Roberto destacou a importância do fórum para abrir novos canais alternativos de discussão sob a coordenação do movimento popular. “Nós do poder público entramos com um apoio considerável ao evento, mas quem idealizou , coordenou e decidiu os eixos de discussão do fórum , desde o início, foi o IVA, e acreditamos ser esta uma boa forma de parceria – disse o presidente.

 

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