Ministro libera dragagem do Porto de Angra

            O momento foi considerado um marco para todos os que estiveram presentes à solenidade que homologou a contratação dos serviços de dragagem para o Porto de Angra dos Reis. A cerimônia aconteceu na sexta-feira, 23, no Armazém 2 do Pier Mauá, no Porto do Rio de Janeiro. Angra foi representada pelo vice-prefeito Essiomar Gomes e o secretário de Atividades Econômicas, Alexandre Tabet, pelos vereadores José Antônio, Leandro Silva e Cordeiro e, pelos trabalhadores do Porto, que munidos de faixas, agradeceram ao ministro dos Portos Pedro Britto que esteve presente para assinar o documento com a empresa que ganhou a licitação da obra.

            O presidente da Companhia Docas do Rio, José Luiz de Mello, o gerente de Docas de Angra, Francisco José de Almeida, o secretário Estadual de Transportes, Júlio Lopes, o subsecretário Estadual de Turismo, Pedro Augusto Guimarães e o gerente de Portos da Secretaria de Atividades Econômicas, Aurélio de Moura, também participaram da cerimônia.    

            -Esse é um dia histórico que estamos vivendo, uma transformação importante para os portos do Rio de Janeiro. Há seis meses recebi em Brasília o prefeito Tuca Jordão e uma comitiva de Angra, que dentre outras reivindicações feitas, a dragagem do Porto era a mais importante. Embora seja uma obra pequena, não se torna menos necessária. Em dois meses ela estará concluída e poderá atender, não só aos serviços do Porto, mas também aos de offshore e às plataformas da Bacia de Santos-assegurou o ministro Pedro Britto que agradeceu o empenho do vice-prefeito Essiomar Gomes neste processo.

            A empresa vencedora da licitação é a Enterpa Engenharia Ltda. Pelo Cronograma Nacional de Dragagem, a empresa deverá iniciar a obra em 5 de novembro, com o término previsto para dezembro. A dragagem custará em torno dos R$5 milhões. Na ocasião também foram assinadas ordens de serviço para os portos do Rio e de Itaguaí.

            O trabalho, para se chegar até esta etapa do processo, foi árduo. E requereu o envolvimento dos trabalhadores, suas famílias, sindicatos e a prefeitura, que sempre esteve ao lado da categoria. Inúmeras reuniões foram realizadas, e o governo municipal, através da Secretaria de Atividades Econômicas, fez um intercâmbio maior com os governos estadual e federal.

            Durante este processo, o prefeito Tuca Jordão foi algumas vezes a Brasília para tratar do tema. Ele esteve reunido com o ministro dos Portos, Pedro Brito, para tratar da dragagem do Porto de Angra dos Reis, que se comprometeu a agilizar o processo. A obra é uma reivindicação antiga dos trabalhadores portuários e dos sindicatos da categoria.

            -Esse é um dia histórico para todos que estão envolvidos há muitos anos neste processo. Queremos agradecer ao empenho do ministro que foi sensível as necessidades dos trabalhadores do Porto. A revitalização da área portuária é um dos passos para tornar o Porto de Angra competitivo, apto à disputa do mercado nacional e até internacional-disse o vice-prefeito Essiomar Gomes, que representou o prefeito Tuca Jordão. 

            A ação de dragagem aumentará a profundidade dos berços para 10 metros, possibilitando a atracação de navios de maior calado. A profundidade hoje gira em torno dos oito metros na preamar, ou seja, na maré cheia. É necessário, nesta situação, aguardar a maré subir para carregar e descarregar as embarcações.

            A dragagem, que deverá ser concluída ainda este ano, possui a licença ambiental e uma verba de R$ 5 milhões oriunda do PAC – Plano de Aceleração do Crescimento.

            Outra medida tomada pelo prefeito Tuca, para ajudar as 600 famílias diretamente ligadas ao Porto, contou com a ajuda do governador Sérgio Cabral, que assinou um decreto favorecendo o setor. Ele diminuiu a alíquota estadual de importação para cevada: de 12% para 3%. Com essa iniciativa, o Porto de Angra dos Reis pode competir com os portos de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo, que têm esse incentivo.

            Além disso, foram retomadas as atividades, através da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) com o transporte de cargas pela via ferroviária, graças à intervenção da Prefeitura de Angra. O primeiro cliente a usar a via férrea é a Gerdau.