Entre os dias 19 a 23 de março o Programa de Controle da Tuberculose promoveu quatro palestras para conscientizar a população da importância de se identificar e tratar a doença. No Posto de Saúde do Belém, na Escola Estadual Nazira Salomão, no Centro da cidade; uma na Escola Municipal Antônio Jordão no Morro do Perez e na Escola Municipal Benedito dos Santos Barbosa. No dia 24, sábado, Dia Mundial de Combate à doença, foi montada uma tenda na VII Olimpíada da Mulher, na Praia do Anil, para divulgar como se identifica e como se cura a tuberculose.
A tuberculose é uma das doenças infecciosas mais antigas de que se tem notícia. Acompanha a humanidade há cerca de 15 milhões de anos e apesar dos grandes avanços da medicina, ainda é uma grande preocupação. Mas aqui em Angra dos Reis está controlada. No ano passado, o Programa de Combate à Tuberculose de Angra, recebeu da Secretaria Estadual de Saúde o prêmio: Destaque Saúde/2006 para o “Tratamento Supervisionado da Tuberculose”. Além disso, Angra é a cidade do Estado do Rio com menor número de casos da doença. Foram 107 casos em 2006 e 56 este ano, em tratamento. Mesmo assim os profissionais do setor não se despreocupam.
- Muitos tabus que ainda envolvem esta doença precisam ser desmistificados. A doença se tratada com seriedade, tem cura, - explicou a coordenadora do programa, Sarah Messias.
A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria chamada “Bacilo de Koch”. A transmissão ocorre através do ar. Os principais sintomas são tosse (por mais de 15 dias), febre (mais comumente ao entardecer), suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e cansaço fácil. Pessoas com esses sintomas devem procurar o posto de saúde mais próximo de casa.
Uma vez identificada a doença, o paciente passa a ser atendido em casa por uma equipe multidisciplinar do Programa de Controle da Tuberculose. Além da medicação, que é gratuita, o paciente recebe assistência psicológica e social, como a distribuição de cesta básica para pessoas desnutridas. Quando ele abandona o tratamento, é procurado e convidado a retornar. Apesar dos esforços dos profissionais do Programa em conscientizar a pessoa infectada de que a tuberculose tem cura, o maior problema no combate à tuberculose, é justamente o abandono do tratamento que dura apenas 6 meses.
Com apenas um mês de tratamento o paciente deixa de ser uma agente de contaminação da tuberculose, apesar da doença ainda existir em seu organismo. Vale lembrar também que não existe um grupo de risco na tuberculose, mas os pacientes com sistema imunológico debilitado, como por exemplo: diabéticos, desnutridos, portadores do vírus da AIDS e vítimas do alcoolismo, são mais suscetíveis à doença.