Nem bem chegou de Brasília, onde esteve buscando investimentos para o município, o prefeito Tuca Jordão esteve durante todo o dia de sexta-feira, 13, constatando “in loco” as consequências das fortes chuvas que caíram sobre Angra dos Reis desde quarta-feira, 11.
O secretário de Governo e Defesa Civil, Carlos Alexandre Soares, o secretário de Obras, Leonardo Corrêa, e sua equipe, além dos subprefeitos da 3ª Região, Moisés de Alencar. e da Japuíba, Ricardo Dutra, acompanharam o prefeito, que em alguns locais decretou emergência e determinou que obras de drenagem, pavimentação, construção de escadas, entre outras fossem executadas o mais rápido possível.
Pôde-se constatar ao longo da caminhada que o prefeito fez pelos bairros, que o município, diferente de outras cidades do país, tem resistido bem às mudanças climáticas que têm ocorrido rotineiramente neste período.
A situação mais crítica foi constatada numa residência na Caputera I. A água da chuva, buscando espaço para escoar, encontrou uma entrada na mata , o que causou deslizamento de terra do morro que fica a uns 30 metros da casa.
-Esperamos o laudo da Defesa Civil Municipal e uma posição do Ministério Público sobre a situação. Iniciaremos o quanto antes a obra de contenção e drenagem no local- falou o prefeito, que aconselhou a moradora a buscar abrigo na casa de parentes, com receio de outra forte chuva na região. Na Monsuaba também, Tuca Jordão determinou urgência em obras do mesmo feitio, pois está em jogo a vida das pessoas que residem nas casas ameaçadas por deslizamentos de terra.
Outras áreas também foram visitadas pelo prefeito e sua comitiva, como a Caputera II, Nova angra e Belém. Nestes locais ocorreram algumas erosões em estradas além de alagamentos. Na sua maioria causados pelo efeito da maré cheia que, de encontro com o rio, causa enchentes.
Segundo informações da Defesa Civil Municipal na quinta-feira, 12, no Centro da cidade foram registrados 60,3mm de chuva, acompanhada de vento forte com rajadas. Neste mesmo dia, a Defesa Civil retirou 33 árvores que estavam sob telhados de residências, fios elétricos, ruas, estradas, entre outros locais.
O bairro mais atingido foi a Lambicada, com cinco quedas de árvores. Várias delas caíram sobre a Rodovia Mário Covas (antiga Rio-Santos), que ficou interditada parcialmente na altura de Jacuecanga e Portogalo. A Polícia Rodoviária Federal controlou o trânsito para que a Defesa Civil pudesse trabalhar com maior segurança e rapidez.
Uma árvore de grande porte caiu ao lado de um ponto de ônibus em Jacuecanga e outra sobre uma residência na Praia da Biscaia. A Ampla trabalhou em parceria com a Defesa Civil para restabelecer a energia elétrica em alguns bairros. Houve também destelhamento de residência na Caputera II e no Campo Belo. A terra deslizou na Banqueta e no Frade e um bloco de rocha escorregou no Morro do Moreno.
O Rio Japuíba, por causa da maré cheia e da chuva, transbordou, deixando uma família desabrigada no bairro Nova Angra. A Subcoordenação de Abrigo e Didec da Defesa Civil encaminhou o casal com as duas crianças para casa de parentes.
A equipe da Secretaria de Ação Social esteve visitando as famílias que tiveram suas casas alagadas na Caputera I e II para que pudessem prestar alguns atendimentos. Agentes da Defesa Civil trabalharam até as 23h30 atendendo aos chamados dos moradores. Não houve feridos. O secretário de Governo e Defesa Civil Carlos Alexandre optou pela permanência do estado de atenção no órgão, já que as pancadas de chuva deverão continuar.